Cada vez é mais imperativo dotar a sociedade de conhecimentos essenciais e fundamentais sobre o Oceano para que, perante os desafios atuais, os cidadãos sejam capazes de neles intervir ativamente. Só cidadãos cientificamente literatos poderão, de forma sustentável, aproveitar as oportunidades que o mar pode proporcionar. Neste contexto, e estando cientes de que a formação e educação deve ser responsabilidade não apenas da Escola mas de um conjunto alargado de entidades e instituições, o OOM pretende desenvolver o seu programa educativo trabalhando diversas temáticas relacionadas com o Oceano, enfatizando sempre que possível as especificidades regionais da RAM. De facto, o OOM tem uma posição privilegiada para a promoção da literacia dos oceanos podendo ser o veículo de divulgação e promoção do conhecimento ligado ao mar, através da intermediação entre especialistas e o público. Assim, a base de ação do OOM-EDU será a promoção do contacto dos seus investigadores com o público escolar e não escolar. Esta iniciativa será concretizada através duma série de atividades que este projeto se propõe realizar em vários eventos e espaços (na sala de aula e fora dela). Estas atividades permitirão dar a conhecer a investigação da equipa multidisciplinar do OOM, realçando a importância ecológica, social e económica dos ecossistemas marinhos e costeiros.
Um dos pilares principais do projeto educativo será o trabalho com os alunos das escolas da Madeira. Por isso, pretende-se apoiar as escolas da RAM no desenvolvimento e implementação de atividades educativas que fomentem o conhecimento e a sensibilização sobre temáticas ligadas ao Oceano, fornecendo ferramentas de apoio à aprendizagem autónoma e ao desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos. Esta missão junto das escolas reveste-se de especial importância como forma de colmatar as carências de conteúdos sobre o Oceano verificado nos currículos escolares dos vários níveis de ensino.
Objetivos
A estratégia de ação que será implementada no âmbito do projeto educativo tem como principais objetivos:
• Contribuir para a divulgação e o ensino de várias temáticas relacionadas com o Oceano através de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar.
• Promover a literacia dos oceanos de alunos, professores e público geral, através do acesso a informação e dados da investigação que tem vindo a ser realizada;
• Contribuir para a consciencialização sobre a importância ecológica, económica e social dos oceanos, realçando a necessidade de valorização dos recursos marinhos e a sua preservação;
• Capacitar os docentes dos Ensinos Básico e Secundário com competências específicas nas temáticas relacionadas com o Oceano;
• Realizar atividades de aproximação da ciência ao público.
O Observatório Oceânico da Madeira realizou diversas atividades destinadas ao público escolar. Estas ações foram realizadas por investigadores e colaboradores do OOM e abordam temas de interesse atual focados nas ciências marinhas.
>> Estas atividades são agora realizadas e geridas pela ARDITI. Pode encontrar mais informações e o programa de atividades 2022/2023 no website da ARDITI
Público-alvo:
Professores e alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário
Enquadramento:
Este projeto do Observatório Oceânico da Madeira (OOM) surge na sequência de uma parceria com a Plataforma Oceânica das Canárias (Projeto EDUROVs), instituto que já desenvolve um projeto similar (EDUROVs) nas ilhas Canárias, há quatro edições.
A ideia central do projeto é criar protótipos de ROVs (do inglês Remotely Operated Vehicle), ou seja, de um robô submarino de pequena escala, simples e de baixo custo, construído com materiais relativamente acessíveis e de uso quotidiano, mas funcional. Pretende-se que os alunos construam o seu próprio ROV e que, no final do ano letivo, apresentem os seus veículos num evento final onde participarão todas as escolas que se tenham associado ao projeto. O resultado final será um robô semelhante ao das figuras abaixo, caso seja seguido o modelo comum padrão, cujas instruções de construção serão cedidas às escolas. Todavia, a criatividade dos alunos permitir-lhes-á serem mais inovadores e fazerem modelos completamente diferentes. A demonstração dos ROVs e da destreza dos alunos para o controlar ocorrerá numa piscina.
O projeto disponibilizará um kit com o material básico necessário à construção do ROV e viabilizará o acompanhamento aos professores através de tutoria/formação, que lhes permita desenvolverem o projeto com os respetivos alunos. Aconselha-se a construção de cada ROV com grupos com um máximo de 10 alunos.
A utilização de ROVs é variada, sendo equipamentos usados tanto na investigação científica do meio subaquático, como em operações militares, pesquisas arqueológicas e na exploração de recursos marinhos (ex. exploração de petróleo e de gás natural). Dada a aplicabilidade deste tipo de tecnologia aliada a um desconhecimento da sua importância atual, que se crê existir entre a população escolar, pretende-se que este kit contribua para um melhor conhecimento da robótica como recurso ao serviço do estudo do Oceano.
Objetivos principais: • Fomentar o interesse dos alunos pelas ciências marinhas.
• Explorar as potencialidades dos robôs submarinos na exploração científica e de recursos marinhos.
• Estimular o gosto pela tecnologia de exploração marinha.
• Promover a exploração de conceitos físico-químicos (ex. densidade, força, massa, gravidade, entre outras grandezas).
• Estimular o trabalho em equipa.
Conteúdo do Kit
O kit para construção do ROV educativo inclui peças que poderiam ser de difícil aquisição. No entanto, há outros materiais necessários à montagem do ROV que, por serem facilmente adquiridos, não estão incluídos no kit.
ALARGAMENTO DO PRAZO DE INSCRIÇÃO E SUBMISSÃO
Novas datas: Inscrição - 29 de março de 2017 | Submissão - 5 de maio de 2017
Tema: Biodiversidade Marinha e Lixo Marinho
Ano lectivo: 2016/2017
Constrói com a tua turma um modelo tridimensional de um animal marinho, reutilizando/reaproveitando material descartado (lixo).
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O concurso pretende promover o conhecimento da biodiversidade dos ecossistemas costeiros e marinhos da Madeira; sensibilizar para a problemática da excessiva produção de resíduos sólidos e do lixo marinho; estimular a criatividade, aliando a arte à reutilização de materiais; fomentar o espírito de grupo e de entreajuda através do trabalho em equipa.
NOTA: Tendo em conta algumas dúvidas que surgiram quanto à constituição dos grupos que se podem candidatar, informa-se que poderão ser concorrentes, para além de turmas, outros grupos escolares (ex. grupos eco-escolas, clubes ou similares), desde que respeitem os níveis de escolaridade referentes a cada escalão. Só poderá ser submetido um trabalho por turma/grupo.
PRAZO LIMITE DE SUBMISSÃO DOS TRABALHOS
5 de maio de 2017
Os trabalhos deverão ser submetidos através do email edu@oom.arditi.pt, acompanhado de uma memória descritiva cujo modelo está disponível para download aqui.
Com a rubrica "Sabia que...?", o OOM propõe um "mergulho" no Oceano para descobrir o que ele tem para mostrar.
A exploração científica do Oceano começou há cerca de 200 anos, mas apesar dos progressos no conhecimento que temos sobre este grande compartimento da Terra, muito permanecer por descobrir. No entanto, a sua importância para a vida na Terra é inegável, pois é responsável pela regulação do clima, é fonte de alimento, via de transporte e local de lazer, para além de ser o habitat de inúmeras espécies.
A rubrica "Sabia que...?" dá a conhecer características, fenómenos e curiosidades sobre o Oceano e seus habitantes.
1. Uma vasta área da Terra (70%) é coberta por água e é por isso que este nosso planeta é conhecido como Planeta Azul. Esta expressão passou a ser usada após o astronauta russo Yuri Gagarin, que foi o primeiro ser humano a ver a Terra externamente, exclamou: "A Terra é azul!". Isto aconteceu durante o voo espacial que realizou a 12 de abril de 1961.
2. A maior parte da água da Terra (96,54%) está no Oceano. O restante é água doce, distribuída por rios, lagos, glaciares, etc.
Graças ao ciclo hidrológico, a água do nosso planeta está constantemente em movimento, tanto de um lugar para outro como de um estado físico para outro.
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3. Vemos o mar azul por causa dos fenómenos de absorção e reflexão da luz. Quando a luz solar (cujo espetro visível é composto pelos tons vermelho, cor-de-laranja, amarelo, verde, ciano, azul e violeta) penetra no Oceano, a água absorve a radiação da parte vermelha do espectro e reflete a azul. Se a água tiver sedimentos em suspensão, microalgas ou outras impurezas, a luz refletida por essas partículas alterará o tom azul do mar.
À media que a luz viaja através da água, cada uma das suas cores é absorvida por ela; primeiro o vermelho, depois o cor-de-laranja e a seguir o amarelo. Isto significa que sobra cada vez menos luz à medida que avançamos em profundidade e que a água vai absorvendo as radiações das diferentes faixas. Por este motivo, as águas mais profundas são mais escuras e menos coloridas. Os mergulhadores, para poderem ver as cores reais dos organismos e objetos em profundidade têm de usar lanternas subaquáticas.
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4. Apesar da Terra ter um Oceano global, pois é uma massa de água contínua, os geógrafos dividiram-no em grandes bacias oceânicas e o Pacífico é a maior delas. Cobre 155 milhões de quilómetros quadrados da superfície terrestre (30%) e é delimitado pela Ásia, costa este da Austrália, Antártida e costa oeste da América. Nele se encontram as fossas mais profundas da Terra, montes submarinos, falhas, cadeias montanhosas, milhares de ilhas e recifes de coral.
O oceano Pacífico tem o dobro da área e do volume de água do segundo maior oceano - o Atlântico - e excede a área total dos continentes.
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5. O Oceano Atlântico, com 106 460 000 km2, cobre 20% da superfície da Terra e é a segunda maior bacia oceânica do mundo. Situa-se entre a América do Norte e do Sul, a oeste, e a Europa e a África, a este. A norte, conecta-se com o Oceano Glacial Ártico e a sul, com o Oceano Glacial Antártico. Os cientistas dividem-no em duas bacias: O Atlântico Norte e o Atlântico Sul.
6. A Zona mais profunda do Oceano é a Fossa das Marianas e localiza-se no Pacífico, perto das ilhas Marianas. Várias expedições já foram realizadas nesta zona para procurar a profundidade exata do ponto mais profundo. Vários valores têm sido apresentados ao longo dos anos. Segundo um artigo científico publicado em 2019 (Stewarta et al. 2019) o ponto mais profundo na fossa, chamado Challenger Deep, terá aproximadamente 10 925 m. O homem já desceu três vezes à Fossa das Marianas: Em 1960 um tenente da Marinha dos Estados Unidos da América, Don Walsh, e um engenheiro suíço, Jacques Piccard, foram os primeiros homens a descer até esta zona; Em 2012 o realizador James Cameron ficou conhecido por tornar-se o primeiro homem a viajar sozinho a uma zona tão profunda; Em 2019 foi a vez do investigador norte-americano Victor Vescovo alcançar a mesma proeza.
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7. Em oceanografia, um giro oceânico, ou simplesmente giro, refere-se a um sistema de grandes correntes oceânicas rotativas. Existem cinco grandes sistemas de correntes oceânicas rotativas: Giro do Pacífico Norte, Giro do Pacífico Sul, Giro do Atlântico Norte, Giro do Atlântico Sul e Giro do Índico.
O vento, as marés e as diferenças de temperatura e de salinidade são os principais motores das correntes oceânicas.
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8. A salinidade média da água do mar é 35‰ e este valor indica-nos a quantidade de sais existente na água. 35‰ significa 35 partes de sal por mil partes de água, ou seja, em 1 litro de água estão dissolvidos 35 gramas de sais. Os sais presentes em maior quantidade são o cloro e o sódio. Em muito menor percentagem existem outros sais como sulfato, magnésio, cálcio e potássio. Segundo algumas estimativas, se o sal no oceano pudesse ser removido e espalhado uniformemente sobre a superfície da Terra, formaria uma camada com cerca de 150 m de espessura, aproximadamente a altura de um prédio de 40 andares.
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9. A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é o maior ser vivo que já existiu na Terra e vive no Oceano. Pode atingir 35 metros (o equivalente a 3 autocarros), pesar 200 toneladas e viver até 90 anos! O seu coração chega a ser do tamanho de um automóvel e a sua língua pesar tanto como um elefante. A baleia-azul não possui dentes, mas tem longas placas flexíveis de queratina organizadas em duas filas na maxila superior da boca das baleias, chamadas barbas, com as quais filtra os pequenos crustáceos de que se alimentam, o chamado kill. Um adulto pode consumar 4 toneladas de krill por dia!
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10. O Oceano controla o clima e as condições meteorológicas. O Oceano transporta energia e domina os ciclos da água e do carbono, moderando as oscilações de temperatura e mantendo a estabilidade da composição da atmosfera. Absorve grande parte da radiação solar que atinge a Terra e liberta calor através da evaporação de grandes quantidades de água, impulsionando a circulação atmosférica. Na atmosfera a condensação do vapor de água origina nuvens e consequente precipitação.
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11. A Oceanografia é a disciplina científica que se dedica ao estudo de todos os aspetos do Oceano, incluindo as suas propriedades físicas e químicas, a sua origem, a sua estrutura geológica e formas de vida que habitam o habitam. Tradicionalmente, a oceanografia é dividida em quatro ramos separados, mas relacionados entre si: oceanografia física, oceanografia química, oceanografia geológica e oceanografia biológica.
12. O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é o maior peixe conhecido. Pode chegar a medir 20 metros e pensar 30 toneladas. Vive em zonas quentes e temperadas, exceto no Mar Mediterrâneo. Alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e lulas. É considerada uma espécie muito vulnerável, pois é muito procurado por causa das suas barbatanas e carne, que são vendidas a preços muito altos. Apesar de estar protegido por leis em alguns países, ainda existem sítios onde é permitido caçá-los. Na Austrália, por exemplo, tornaram-se o alvo de uma grande indústria de ecoturismo em que os mergulhadores têm oportunidade de nadar com estes peixes que apesar de grandes são bastante dóceis.
Em 2012 foi criado o "Dia Internacional do Tubarão-Baleia" que se celebra a 30 de Agosto com o objetivo de preservar este animal em perigo.
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13. As marés são alterações cíclicas (subidas e descidas periódicas) do nível da água do mar, causadas pelo efeito combinado da rotação da Terra e da atração exercida pela Lua e pelo Sol.
A cada 12 horas e 25 minutos ocorre a subida e descida alternada das águas, o que provoca um atraso diário de 50 minutos em cada ciclo de maré. A amplitude da maré é a diferença de nível alcançada entre as duas situações (maré alta e maré baixa).
Em cada mês existem 2 dias, correspondentes à Lua Cheia e à Lua Nova, em que a Terra, a Lua e o Sol estão alinhados e em que as forças que provocam as marés são máximas. Nestes dias observam-se a maiores marés do mês, as chamadas marés vivas.
14. Um marégrafo é um aparelho que regista as variações do nível da água do mar. Há vários tipos de marégrafos (marégrafos de poço, de pressão, de radar e de laser). Os dados recolhidos são importantes para diversas atividades costeiras, incluindo a navegação e a engenharia.
15. As marés mais altas do mundo ocorrem na Baía de Fundy, localizada na Costa Atlântica da América do Norte, entre Nova Brunswick e a Nova Escócia, podendo chegar aos 17 metros. O fenómeno acontece, principalmente, por causa da forma, tamanho e profundidade da baía. Nesta baía existem curiosas formações rochosas (Rochas de Hopewell), que têm entre 40 e 70 metros de altura, e são fruto da erosão das marés gigantes.
16. O Mar dos Sargaços é uma zona localizada no Atlântico Norte cercado por correntes oceânicas. Nessa zona as águas são tranquilas, salgadas e quentes, chegando aos 25 ºC na superfície. Nestas águas flutuam milhões de algas, os sargaços, com o auxílio de pequenas vesículas cheias de ar e albergam uma fauna muito característica, das quais se destacam camarões, caranguejos e larvas variadas.
17. O Mar Morto banha Israel, a Cisjordânia e a Jordânia e é, na realidade, um lago salgado, alimentado principalmente pelo rio Jordão, cujas margens estão mais de 400 m abaixo do nível do mar. O seu teor de sal é um dos maiores do planeta. Enquanto a média da quantidade de sal no oceano é de 35 g para cada litro de água no Mar Morto é de 300 g. Além de dificultar a proliferação de formas de vida macroscópicas, o mar morto é denso o suficiente para impedir que um corpo afunde nele, sendo possível boiar facilmente nas suas águas.
18. Existem 7 espécies de tartarugas marinhas: Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea); Tartaruga-comum (Caretta caretta); Tartaruga-verde (Chelonia mydas); Tartaruga-de-escamas (Eretmochelys imbricata); Tartaruga-de-Kemp (Lepidochelys kempii); Tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), Tartaruga-australiana (Natator depressus).
São répteis com carapaça oval e com cabeça não retrátil, ou seja, não conseguem retrair a cabeça para o interior da carapaça. As suas barbatanas dianteiras, principais órgãos de propulsão, são mais largas do que as posteriores. As tartarugas marinhas encontram-se nas águas temperadas e tropicais de todo o mundo e podem viver mais de 100 anos. Todas as espécies estão ameaçadas de extinção. Para além dos perigos naturais, como a predação por tubarões e orcas, as doenças, os parasitas, o arrojamento nas praias durante tempestades, as tartarugas marinhas também têm sito ameaçadas pelo homem através da exploração comercial de ovos, da carne, da carapaça e do óleo, poluição, destruição das praias de nidificação, pesca acidental e colisões com embarcações.
19. As tartarugas marinhas põem os ovos na areia das praias e cada postura pode ter cerca de 100 ovos. Podem realizar até 10 posturas separadas por intervalos de 15 dias. Geralmente a nidificação é feita durante a noite para evitar eventuais predadores e o calor. A incubação dura cerca de 2 meses e a eclosão dos ovos geralmente ocorre também à noite. Após a eclosão, os juvenis deslocam-se para o mar onde procuram áreas de alimentação e iniciam a migração oceânica. Quando atingem a idade adulta, as tartarugas regressam à praia onde nasceram para acasalarem.
As praias de nidificação localizam-se em vários locais do mundo, dependendo da espécie. A tartaruga de Kemp (Lepidochelys kempii), por exemplo, nidifica nas praias do Golfo do México.
20. A tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) é a maior tartaruga marinha conhecida, podendo atingir 500 Kg de peso. A carapaça é formada por uma pele grossa e elástica, de cor negra, com algumas manchas esbranquiçadas. Tem sete quilhas longitudinais no dorso e é a única tartaruga marinha que não possui unhas. Vive em alto mar e só vai à costa para desovar, entre outono e o inverno, nas regiões tropicais das Caraíbas, América do Sul e África.
21. Os dados recolhidos pelos satélites são muito úteis no estudo do Oceano. Fornecem-nos informações, por exemplo, sobre a batimetria do fundo marinho, a temperatura da superfície do mar, a cor do oceano, a altura das marés e a migração de animais marinhos quando neles são colocados transmissores.
22. Uma rosette é um equipamento composto por um conjunto de garrafas que permitem recolher amostras de água a diferentes profundidades. Normalmente têm sensores acoplados que permitem medir a temperatura, a condutividade e profundidade. Cada garrafa é fechada à profundidade desejada para recolher a água e transportá-la até à superfície.
23. Cristas oceânicas ou dorsais oceânicas é a designação dada às grandes cadeias de montanhas submersas no Oceano. A meio da crista as placas oceânicas afastam-se, deixando passar magma do interior da terra, dando origem a nova rocha no leito oceânico. A crosta oceânica existente no Oceano Atlântico chama-se Crista Média Atlântica.
24. As planícies abissais referem-se às áreas extensas e planas do Oceano, entre as margens continentais e as dorsais oceânicas, a grandes profundidades, normalmente a mais de 4000 m. Podem ter milhares de quilómetros de comprimento e largura.
25. Os tubarões são peixes cartilagíneos, o que significa que o seu esqueleto é constituído essencialmente por cartilagem. Algumas espécies de tubarões são predadoras, como é o caso do tubarão-branco, já outras espécies, como o tubarão-baleia, são filtradoras e alimentam-se de plâncton.
A pesca tem sido reconhecida como o principal factor de ameaça dos tubarões. As particularidades deste grupo de peixes, em particular o crescimento lento, maturação tardia e reduzido número de crias, faz com que sejam vulneráveis.
26. O tubarão-anão (Squaliolus laticaudus) mede, no máximo, 25 cm. É um tubarão de profundidade (200 - 1200 m) e tem uma distribuição quase circum-tropical, podendo ser encontrado nos oceanos temperados e tropicais do mundo inteiro.
27. A zona eufótica designa a camada de água iluminada pela luz solar. Normalmente estende-se desde a superfície até cerca dos 200 m de profundidade. Nesta camada há uma grande quantidade de seres vivos fotossintéticos, que convertem a luz solar em energia química.
28. O arquipélago da Madeira compreende as ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens e tem cerca de 250 km de costa. São ilhas de origem vulcânica e só duas são habitadas permanentemente: a ilha da Madeira e a do Porto Santo.
29. O Canadá é o país com a maior costa com 243 042 km (incluindo a parte continental e as ilhas). Localiza-se entre os EUA, no sul, e o Círculo Polar Ártico, no norte.
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30. No início do século XIX, os marinheiros levavam a cabo medições da profundidade em águas pouco profundas usando um peso preso a uma linha. Como o oceano é tão extenso e profundo, este procedimento não era tarefa fácil. Conhecer a profundidade da água era extremamente importante para os capitães dos navios. Se a água estivesse muito rasa, o barco encalharia e possivelmente afundaria. A tecnologia foi evoluindo e atualmente são usados sonares para fazer essas medições.
31. Os sonares começaram a ser usados para determinar a profundidade do Oceano no início do séc. XX. Inicialmente projetados para detetar icebergs, tornaram-se mais importantes após o naufrágio do Titanic em 1912. Durante a 1ª Guerra Mundial os sonares eram utilizados para detetar submarinos, esta tecnologia evoluído principalmente para uso militar naval. Entre 1920 e 1930 começou a ser usada para medir a profundidade do Oceano e é atualmente amplamente utilizada no estudo e exploração oceânica.
Os impulsos sonoros emitidos pelo sonar atingem o fundo marinho e são refletidos sob a forma de ecos que permitem determinar a profundidade.
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32. Os otólitos são concreções de carbonato de cálcio existentes no ouvido interno dos peixes ósseos e que permitem determinar a sua idade. Os otólitos constituem parte de um sistema que atua como sensor de profundidade e equilíbrio assim como detetor de vibrações sonoras na água.
33. A grande barreira de coral australiana ocupa uma área de 344 400 km2 e entre 60 e 250 km de largura. Inclui 3000 recifes de corais que albergam uma variedade única de comunidades, habitats e espécies ecológicas - que fazem deste barreira de coral um dos ecossistemas naturais mais complexos do mundo.
Os corais são animais do filo Cnidária ao qual pertencem também as medusas e anémonas. Quase todos os corais são animais coloniais, isto é, são formados por conjuntos de animais individuais chamados pólipos.
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34. Os polvos são moluscos marinhos que têm 3 corações; dois são para bombear o sangue para as brânquias do animal e o terceiro fica responsável pelo fluxo sanguíneo para o resto do corpo.
35. Os chocos são moluscos que têm 8 braços e 2 longos tentáculos que são usados para capturar as presas. Existem cerca de 100 espécies cujo tamanho pode variar entre 2,5 cm e 90 cm.
36. O El Niño é um fenómeno oceano-atmosférico que se caracteriza pelo aquecimento anómalo das águas superficiais do setor centro-leste do Oceano Pacífico, predominantemente na sua faixa equatorial. Este fenómeno, natural e cíclico, tem efeitos não só regionais mas também globais, pois modifica o sistema climático de distribuição das chuvas e de calor em diversas regiões do planeta. O El Niño ocorre em intervalos médios de 3 a 5 anos e persiste vários meses.
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37. La Niña é um fenómeno oceano-atmosférico que se caracteriza pelo arrefecimento anómalo das águas superficiais do setor centro-leste do Oceano Pacífico. La Niña, tal como o fenómeno oposto, o El Niño, tem consequências globais, pois modifica o sistema climático de distribuição das chuvas e de calor em diversas regiões do planeta.
38. Os peixes da classe Agnata não têm mandíbulas e têm a boca circular sugadora, duas características que os diferenciam das outras classes. Este grupo de peixes inclui a lampreia e o peixe-bruxa.
39. Existem mais de 4000 boias ARGO espalhadas por todo o mundo a medir a temperatura e a salinidade do Oceano. Este sistema de observação do Oceano, conhecido por ARGO, serve de referência a muitos outros sistemas de monitorização. As boias ARGO descem até aos 2000 m de profundidade e retornam à superfície a cada 10 dias registando e disponibilizando perfis verticais de temperature e salinidade da água.
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40. Chama-se zona hadal à zona mais profunda do Oceano, situada a mais de 6000 m de profundidade. A exploração da zona hadal requer a utilização de instrumentos que sejam capazes de resistir a pressões muito elevadas. São dos ecossistemas menos explorados do planeta.
41. Os peixes-voadores usam as barbatanas peitorais para planar fora de água. Conhecem-se cerca de 40 espécies. Primeiramente ganham velocidade debaixo da água, mantendo as barbatanas junto ao corpo enquanto nada para cima. Ao chegar à superfície, abrem as barbatanas que funcionam como asas e ao mesmo tempo batem rapidamente a cauda podendo percorrer chegar a percorrer fora de água 400 m. Acredita-se que estes peixes "voam" para fugir de predadores como a cavala o atum e o espadim, entre outros peixes maiores.
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42. Redes fantasma são redes de pesca que são abandonadas ou ficam perdidas e continuam a pescar indiscriminadamente. Não só as redes mas também outros equipamentos de pesca como os covos, perdidos por acidente ou descartados intencionalmente no mar, são responsáveis pela mutilação e morte de diversas espécies de peixes, cetáceos, tubarões, tartarugas, entre outros. As redes fantasma podem continuar a capturar animais durante muitos anos. Os próprios animais já capturados atraem outros animais para a armadilha.
43. O alimento favorito da baleia-azul é o krill, pequenos crustáceos com poucos centímetros. Pode chegar a comer 2 a 4 toneladas de krill por dia, embora também se alimente de outros organismos de pequeno tamanho. A baleia-azul não tem dentes, mas tem barbas (longas placas flexíveis de queratina) que servem para filtrar o alimento. Para se alimentar, a baleia-azul nada rapidamente na direção de aglomerados de krill, com a boca aberta, e juntamente com o krill ingere grande quantidade de água. Seguidamente, a água é expulsa da boca com ajuda da língua e o krill retido nas barbas é engolido.
44. Somente 10% do volume dos icebergues está fora de água. Os restantes 90% ficam submersos. Um icebergue é um grande bloco de gelo que se libertou de um glaciar e que flutua no Oceano. Ao contrário do que se possa pensar, os icebergues não são formado por água salgada, mas sim por água doce.
45.O lobo-marinho, também conhecido por foca-monge (Monachus monachus) é a única foca que habita o território português. A sua distribuição geográfica em Portugal inclui as Ilhas Desertas e a ilha da Madeira. São mamíferos marinhos que dependem de terra para descansar e se reproduzirem. Alimentam-se de peixe, cefalópodes e crustáceos.
46. Há espécies de peixes que mudam de sexo durante a vida, chamando-se a este fenómeno hermafroditismo sequencial. O peixe-palhaço, a dourada e o bodião são alguns exemplos. A situação mais comum é as fêmeas mudaram para machos (protoginia), mas há outros casos em que os peixes mudam de macho para fêmea (protandria). O caso mais conhecido é o dos peixes-palhaços; todos nascem machos mas por mudanças na hierarquia ou morte da fêmea do grupo um macho transforma-se numa fêmea.
47. Em oceanografia chamam-se correntes oceânicas, ou correntes marítimas, aos movimentos contínuos e direcionados de grandes massas de água no oceano originadas pela inércia da rotação da Terra, dos ventos, das diferenças de densidade e temperatura. As correntes oceânicas podem ser classificadas de acordo com a temperatura do local onde se formam em correntes quentes, que se formam nas zonas equatoriais, e correntes frias, que se formam nas regiões polares.
48. Há animais marinhos bioluminescentes, isto é, brilham no escuro porque têm a capacidade de emitir luz. O peixe-lanterna (Symbolophorus barnardi), o krill-do-norte (Meganyctiphanes norvegica) e o polvo-sugador-brilhante (Syrtensis stauroteuthis) são alguns exemplos de animais que produzem este fenómeno. A defesa contra os predadores é a função mais comum deste comportamento, mas também é usada como camuflagem, para conseguir alimento ou para encontrar um par.
49. Lanterna de Aristóteles é a designação dada à estrutura raspadora com 5 dentes localizada na face inferior dos ouriços-do-mar, que utilizam para a obtenção de alimento.
50. Um monte submarino é uma montanha que se eleva do fundo do oceano sem atingir a sua superfície. A formação de montes submarinos está associada à atividade vulcânica.
51. O Gorringe é um monte submarino do oceano Atlântico e tem uma altura de 5000 m, e tem o cume a menos de 50 m abaixo do nível do mar. É um dos montes submarinos mais antigos do Atlântico, com 110-135 milhões de anos, e foi descoberto em 1875 por Henry Honeychurch Gorringe. Localiza-se na zona económica exclusiva de Portugal, a cerca de 200 km da costa sudoeste de Portugal Continental e tem uma extensão de mais de 180 km. O Gorringe está associado a grande biodiversidade marinha.
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52. Nos oceanos existem, a cada momento, aproximadamente 6,25 x 10^25 células de microalgas. (Para comparação: existem estimativas que apontam para a existência de 10^22 a 10^24 estrelas no Universo). As microalgas são muito importantes na manutenção da vida na Terra, pois são responsáveis por produzirem grande parte do oxigénio existente na atmosfera, para além de serem fonte de alimento para vários organismos marinhos (e para nós também).
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53. Chama-se intertidal à zona entre marés que faz a transição entre o mar e a terra. Isto significa que esta zona fica acima do nível da água na maré-baixa e debaixo de água na maré alta. Como consequência da alternância de submersão e exposição ao ar, os organismos que habitam no intertidal têm de suportar condições extremas de hidratação, temperatura e salinidade. Estes ambientes também estão sujeitos a forte ação mecânica das ondas, exigindo dos organismos grande capacidade de fixação ao substrato.
54. A Corrente do Golfo é uma corrente marítima quente, de fluxo rápido, que ocorre no Oceano Atlântico Norte. Esta corrente marítima tem origem no Golfo do México e tem uma influência muito significativa no clima da terra. O ar quente que sobe da Corrente do Golfo é responsável pelo clima temperado que caracteriza vários países europeus.
55. O ROV Luso é capaz de descer até aos 6000 m de profundidade no Oceano. Um ROV (do inglês, Remotely Operated Vehicle) é um veículo submersível operado remotamente normalmente por uma pessoa a bordo de uma embarcação. O ROV Luso foi adquirido por Portugal em 2008, no âmbito do Projeto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal para recolher amostras geológicas do fundo marinho, mas atualmente está a disposição da comunidade científica para a recolha quer de amostras geológicas como biológicas tendo já sido utilizado em várias missões oceanográficas. Em 2018, o ROV Luso participou numa campanha oceanográfica na Madeira coordenada pelo Observatório Oceânico da Madeira.
56. O cachalote (Physeter macrocephalus) tem o maior e mais pesado cérebro de todos os animais, pesando em média 7 kg num macho adulto. Uma outra característica deste cetáceo é possuir na cabeça grandes quantidades de uma substância cerosa de cor leitosa chamada espermacete. Durante a época da baleação esta substância tinha grande valor económico.
57. Nos cavalos-marinhos é o macho que incuba os ovos na sua bolsa incubadora. Durante o acasalamento, a fêmea transfere os ovos para o macho e este fertiliza-os na sua bolsa onde são incubados. No fim do período de incubação, o macho contrai-se repetidamente até libertar as várias dezenas de pequenos juvenis, sendo, portanto, o macho que “dá à luz”. Outra particularidade dos cavalos-marinhos é manterem uma relação monogâmica ao longo da vida. Em Portugal, incluindo Madeira e Açores, existem algumas espécies de cavalos-marinhos, nomeadamente Hippocampus hippocampus e Hippocampus guttulatus.
58. A água do mar tem um ponto de congelação mais baixo do que o da água doce por causa da presença de sais. A água com salinidade de 35 (35 g por cada litro), que corresponde à salinidade média do Oceano, congela a aproximadamente -2 ºC. À medida que a água do mar congela o sal vai sendo expulso do gelo, isto é, na superfície vão-se formando cristais de gelo enquanto o sal vai-se acumulando na água não congelada debaixo do gelo.
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59. Florestas de kelp são áreas com elevada densidade de algas marinhas castanhas de grandes dimensões. As algas kelp, também conhecidas por laminárias, são grandes algas castanhas que vivem em águas frias e ricas em nutrientes. Devido à sua dependência da luz para fotossíntese raramente são encontradas a profundidades superiores a 40 m. Quando em condições ideais, estas macroalgas podem crescer 45 cm por dia e formam ecossistemas muito ricos, que fornecem alimento e habitat essenciais a uma grande diversidade de espécies.
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60. Fontes hidrotermais submarinas são nascentes de água quente que se localizam no leito do oceano. As fontes hidrotermais resultando da infiltração da água do mar em fissuras da crosta existentes na proximidade de zonas de convergência ou divergência das placas tectónicas. A água do mar contactar com o magma sobreaquece e sobe através de orifícios existentes no leito oceânico, emergindo em zonas específicas da crosta oceânica e formando assim as fontes hidrotermais. Estas águas são ricas em minerais e podem atingir temperaturas acima de 340 ºC.
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61. Um glider é um veículo submarino autónomo usado no estudo do oceano. Em média, medem 2 m de comprimento e pesam 50 kg. Os cientistas usam-nos para recolher dados de interesse como a temperatura, quantidade de sal e oxigénio, entre outros parâmetros, graças aos sensores que lhes podem ser acoplados. Os gliders usam as suas “asas” para planar dentro da água e podem chegar aos 1000 m de profundidade, controlando a descida e subida através de alterações da sua densidade, pois não tem motor nem hélice. O envio e receção dos dados é feita através de uma antena que tem instalada na parte traseira, mas apenas o pode fazer quando emerge à superfície.
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62. Apenas 5% do Oceano já foi explorado, permanecendo grande parte por mapear, observar e explorar. A dificuldade de estudar o Oceano deve-se às condições inóspitas características deste ambiente e do custo elevado das tecnologias utilizadas para o explorar. Além disso, o estudo do Oceano é obrigatoriamente interdisciplinar e exige uma estreita colaboração entre investigadores de todas as áreas científicas. Compreender o Oceano permite-nos um melhor entendimento dos fenómenos e processos do nosso planeta.
63. Cerca de três quartos da atividade vulcânica terrestre ocorre no Oceano. A atividade vulcânica é um fenómeno comum ao longo dos limites das placas tectónicas da Terra. Esses limites permitem que as rochas fundidas, chamadas magma, juntamente com cinzas e gases, subam pela crosta terrestre até à superfície, muitas vezes de forma dramática. Como muitos dos limites das placas tecnónicas estão submersos, cerca de três quartos de toda a atividade vulcânica na Terra ocorre debaixo de água. Embora a maioria dos vulcões submarinos não produza os eventos eruptivos com a espetacularidade de algumas erupções em Terra, a atividade vulcânica submarina é um processo constante que molda as características do oceano. Erupções frequentes ao longo dos limites das placas divergentes, como a Dorsal Meso-Atlântica, formam nova crosta oceânica.
64. A profundidade média do oceano é de cerca de 3,7 km. O ponto mais profundo é chamado “Challenger Deep”, tem aproximadamente 10 925 m de profundidade e faz parte da Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico Ocidental.
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65. Cocolitóforos são microalgas marinhas com exosqueleto de carbonato de cálcio. Estes microrganismos fotossintéticos produzem minúsculas placas de carbonato de cálcio (conhecidas por cocólitos) que constituem o seu exosqueleto. Após a morte destes organismos, os cocólitos formam importantes depósitos de carbonato de cálcio no leito marinho. Os cocólitoforos também intervêm no ciclo do enxofre através da libertação de DMS (dimetilsulfureto) para a atmosfera, onde constituem núcleos para formação de nuvens e aumentam a radiação refletida o que tem impactos no clima. Além disso, o DMS libertado é utilizado pelas aves marinhas como sinal olfativo na deteção de áreas de alimentação.
66. Nos ecossistemas das fontes hidrotermais marinhas a produção primária é assegurada por microrganismos quimiossintéticos, os quais obtêm a energia necessária para a fixação do dióxido de carbono a partir de compostos presentes nos fluidos e fumos hidrotermais. As bactérias desempenham, neste ecossistema, um papel primordial como produtores primários quimiossintéticos. Alguns dos animais que habitam nestes ambientes alimentando-se destas bactérias e enquanto outros vivem em simbiose com elas. Nos campos hidrotermais dos Açores, por exemplo, podem encontrar-se nestes habitats extremos espécies como o mexilhão hidrotermal Bathymodiolus azoricus e o camarão Mirocaris fortunata.
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67. A maior cadeia de montanhas da Terra situa-se no Oceano Atlântico e chama-se Crista Média Atlântica, também conhecida por Dorsal Meso-Atlântica.
Estende-se de norte a sul do Oceano Atlântico, ao longo de cerca de 65000 km, atravessa o Arquipélado dos Açores e aflora em alguns lugares como na Islândia. Esta crista corresponde ao limite de placas divergências e, por isso, o Atlântico encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, ao ritmo de 2 a 5 cm por ano. A Crista Média Atlântica foi descoberta na década de 1950 por Bruce Heezen e Marie Tharp.
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68 Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) são áreas marítimas dos países costeiros sobre as quais têm prerrogativas de utilização dos recursos vivos e não-vivos e responsabilidade na sua gestão ambiental. As ZEE são adjacentes ao mar territorial e não ultrapassam as 200 milhas náuticas a partir das linhas de base. Na ZEE, os Estados costeiros exercem a sua soberania e jurisdição nos termos previstos na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Portugal tem a 3ª maior ZEE da Europa.
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69. A telemetria é uma tecnologia usada para estudar à distância o comportamento, a movimentação e o habitat de animais marinhos. Os transmissores de telemetria, em inglês chamados tags, podem ser colocados em vários grupos de animais marinhos, como cetáceos, tartarugas ou peixes. Os tags são fixados à parte externa do animal e às vezes são inseridos cirurgicamente no corpo. A maior parte dos estudos usam telemetria acústica ou por satélite.
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70. Alguns cetáceos usam a ecolocalização para se orientarem e localizarem as presas de que se alimentam. Fazem isso através da emissão de sons seguida da receção do seu eco quando atingem um objeto. A análise e interpretação do tempo gasto neste processo permite detetar a posição, a distância e configuração do objeto. A ecolocalização é muito importante para os cetáceos porque permite que naveguem e se alimentem no escuro, quer seja à noite ou em águas profundas e escuras, onde não é fácil ver. Exemplos de cetáceos conhecidos por ecolocalizaram são, por exemplo, os cachalotes, as orcas, os botos e as belugas.
71. Conhecem-se 8 campos de fontes hidrotermais ao largo do Arquipélago dos Açores: “Lucky Strike” (o primeiro a ser descoberto, em 1992), “Menez Gwen”, “Rainbow”, “Saldanha”, “Ewan”, “Bubbylon”, “Seapress”, “Moytirra” e o “Luso” (descoberto em 2018 durante a expedição Oceano Azul e localizado a menor profundidade). Das fontes hidrotermais libertam-se águas quentes ricas em minerais. Estes ambientes são considerados áreas de grande riqueza biológica e mineral.
72. A acumulação de lixo marinho mais proeminente, a chamada Grande ilha de Lixo do Pacífico, ocupa uma área de 1,6 milhões de Km2 (17 vezes a área de Portugal) e estima-se que tenha cerca de 79 mil toneladas de plástico flutuante.
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73. Ao material orgânico que cai em grandes concentrações das águas superiores para o oceano profunda dá-se o nome de neve marinha por dar a impressão de ser neve. Para além de restos de animais e plantas mortas e de matéria fecal, a neve marinha também incluiu material inorgânico como areias e poeiras. A queda contínua de neve marinha fornece alimento e energia das águas superficiais produtivas expostas à luz solar para os organismos marinhos que residem nas zonas mais profundas.
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74. A acidificação do Oceano refere-se à redução do pH da água do mar, causada principalmente, pela absorção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. As emissões de CO2 aumentaram bastante desde a Revolução Industrial, em especial nas últimas décadas. Quando o CO2 é absorvido pela água do mar ocorrem reações químicas que resultam no aumento da concentração de iões hidrogénio, o que provoca o aumento da acidez da água, e diminuição da presença de carbonatos. Os iões carbonato são fundamentais para a formação de estruturas de carbonato de cálcio como conchas, carapaças e esqueletos de organimos marinhos como microalgas, crustáceos, moluscos e corais. A diminuição das taxas de calcificação nestes organismos pode afetar, por exemplo, a sua morfologia, crescimento, fisiologia, reprodução e tempo de vida. No entanto, a acidificação dos oceanos tem repercussões negativas não só e a nível ecológico mas também a nível social e económico, nomeadamente para o setor das pescas, pois boa parte dos alimentos que consumimos têm origem no mar.
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75. Campos de maërl designam áreas de aglomerados de algas vermelhas calcárias que vivem soltas sobre o fundo marinho. Estas comunidades têm um importante papel na correção da acidez do solo e na purificação da água, suportando uma grande diversidade de organismos como outras algas, esponjas, anémonas, poliquetas, bivalves e equinodermes. As algas que constituem este tipo de habitats têm taxas de crescimento muito reduzidas sendo, por isso, muito afetadas por qualquer tipo de perturbação, seja exploração direta, poluição ou danos danos provocados por equipamentos de pescas. São, portanto, um habitat prioritário de conservação. No arquipélago da Madeira há campos de maërl identificados, por exemplo, no Porto Santo e no Parque Natural do Cabo Girão.
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76. São utilizados hidrofones para estudar os sons do Oceano. Tal como os microfones captam o som no ar, os hidrofones captam o som na água. Apesar do ambiente marinho parecer silencioso, na realidade está repleto de sons de origem natural e antropogénica. Muitos organismos marinhos usam o som para comunicar, procurar parceiros e presas. O registo da amplitude, frequência, localização e sazonalidade dos sons no mar, permite-nos conhecer o ambiente marinho e seus habitantes. A monitorização dos sons subaquáticos possibilita aos cientistas, por exemplo, ouvir a comunicação entre cetáceos, terremotos e o movimento do magma durante grandes erupções vulcânicas oceânicas.
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77. O Oceano Glaciar Ártico é o mais pequeno e menos profundo da Terra e a maior parte do ano está coberto de gelo. No entanto, não é um ambiente estéril e quando o gelo começa a derreter formam-se poças no topo do gelo onde se desenvolvem comunidades biológicas. Quando os organismos e nutrientes se libertam para a água, promovem o crescimento de algas debaixo do gelo. Essas algas são o alimento de pequenos organismos zooplantónicos que por sua vez são fonte de alimento de peixes, lulas, focas e baleias.
78. A poluição sonora é cada vez mais frequente no Oceano e afeta a vida marinha. Os sons de origem humana existentes no oceano são cada vez mais intensos e são provocados por atividades que vão desde a navegação até à exploração petrolífera e de gás natural. O ruído no mar afeta a audição dos animais, coloca em risco a comunicação entre indivíduos, a defesa contra predadores e a reprodução.
79. O domínio público marítimo inclui as águas costeiras e territoriais, as águas interiores sujeitas à influência das marés e ainda os respetivos leitos, fundos marinhos e margens. O domínio público marítimo pertence ao Estado, embora se deva atender às especificidades regionais quanto à sua delimitação nas regiões autónomas e se admita o reconhecimento de propriedade privada em alguns casos. O estudo e emissão de parecer sobre os assuntos relativos à utilização, manutenção e defesa do domínio público marítimo é da competência da chamada Comissão do Domínio Público Marítimo.
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80. As poças de maré formam-se entre as rochas e os sedimentos junto à costa na maré-baixa. À medida que a água vai baixando ficam a descoberto rochas, sedimentos, animais e algas que antes estavam cobertos de água. A esta zona chama-se zona entre-marés ou intertidal. Quando corresponde a uma área rochosa fica retida alguma água em pequenas cavidades formando as poças de maré. Anémonas, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, caramujos, lapas, camarões e cabozes são alguns dos organismos encontrados na zona entre-marés.
81. Quando as estrelas-do-mar perdem um braço têm a capacidade de o regenerar. As estrela-do-mar são animais equinodermes (invertebrados marinhos muito próximas dos ouriços-do-mar). Normalmente têm um disco central e cinco braços, embora algumas espécies possam ter mais. A maioria pode regenerar partes danificadas ou braços perdidos, mas precisa de pelo menos parte de seu disco central intacto, mas em algumas espécies tropicais pode crescer o corpo inteiro apenas a partir de um membro cortado. A regeneração é um processo lento podendo chegar a demorar um ano.
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82. O oceano desempenha um papel crucial na regulação do clima da Terra e nas condições meteorológicas. A água tem uma maior capacidade de absorver e reter energia do que a terra. Por isso, o oceano absorve mais radiação solar do que os continentes. Através das correntes essa energia é transportada ao longo do planeta. Além disso, o oceano capta grande quantidade de dióxido de carbono atmosférico diminuindo o efeito de estufa. Por dominar o ciclo da água e do carbono modera as oscilações de temperatura e mantém a estabilidade da composição da atmosfera.
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83. A primeira área marinha de Portugal a ser legalmente protegida foi a das Ilhas selvagens, no arquipélago da Madeira, em 1971. As Ilhas Selvagens constituem o território português localizado mais a sul e são constituídas por duas ilhas: a Selvagem Grande, onde se localiza a Estação principal de apoio à área protegida, e a Selvagem Pequena. Toda a área correspondente à Reserva Natural das Ilhas Selvagens tem estatuto de Área de Proteção Total, o que significa que são áreas de elevado valor ecológico, muito sensíveis à ação humanas, estando por isso sujeitas a medidas de conservação das espécies aí residentes e seus habitats.
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84. É comum os cachalotes (Physeter macrocephalus) apresentarem cicatrizes circulares na pele provocadas pelas ventosas de lulas gigantes, quando as tentam caçar para delas se alimentarem. Para encontrarem as lulas, os cachalotes mergulham até ao seu habitat, o que ocorre a grandes profundidades, em média até aos 1000 - 1200 m. A captura das lulas não é fácil e estabelecem-se batalhas colossais entre estes dois gigantes do mares que originam as cicatrizes no corpo dos cachalotes.
85. Mais de 90% do comércio mundial é realizado por via marítima. O transporte marítimo é essencial para a economia mundial e é a maneira mais económica de transportar bens e matérias-primas em grandes quantidades em todo o mundo. A Organização Marítima Internacional é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que regula o setor marítimo.
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86. Há tubarões ovíparos, vivíparos e ovovivíparos. São estas as 3 principais formas de reprodução destes animais.
Ovíparos – As fêmeas produzem ovos envoltos em uma cápsula resistente no interior dos quais se desenvolve o embrião e que são depois depositados. Dependendo da espécie, características como gavinhas enroladas, ganchos e filamentos de muco pegajoso fixam a caixa de ovos a um substrato que pode ser, por exemplo, uma alga ou um recife. A cápsula protetora fornece nutrientes e proteção ao embrião.
Vivíparos - A viviparidade é o método mais evoluído de reprodução. O tubarão bebé desenvolve-se dentro do corpo da mãe, recebendo nutrientes e oxigénio através de um cordão umbilical. Mas, ao contrário dos mamíferos, as crias quando nascem são totalmente independentes da progenitora.
Ovovivíparos - Em vez de pôr os ovos, a fêmea carrega-os dentro do corpo e é aí que os embriões se desenvolvem. Neste caso, os ovos têm membrana fina. Uma vez desenvolvida, a cria eclode dentro da mãe. Após a eclosão permanecem durante algum tempo no útero onde se alimentam de ovos não fertilizados e ficam protegidos de predadores até serem libertados.
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87. Os afloramentos (upwelling), também chamados ressurgência, são processos pelos quais as correntes trazem água fria e profunda para a superfície do oceano. Este fenómeno é fruto da ação do vento e da rotação da terra e ocorre em mar aberto e ao longo da costa. Como as águas profundas trazidas à superfície normalmente são ricas em nutrientes, a ressurgência costeira favorece o crescimento de algas que são a base das cadeias alimentares marinhas.
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88. As medusas, também conhecidas por águas-vivas ou alforrecas, possuem nos tentáculos células urticantes designadas cnidócitos. Os cnidócitos têm no seu interior tóxinas urticantes e um filamento enrolado que penetra rapidamente nas presas, atordoando-as. Algumas espécies de medusas podem ser perigosas para os seres humanos.
89. A Convenção OSPAR é o mecanismo pelo qual a União Europeia e 15 estados-membros cooperam para proteger o meio marinho do Atlântico Nordeste. A OSPAR teve início em 1972 com a Convenção de Oslo sobre as descargas no meio marinho e foi alargada pela convenção de Paris para incluir as fontes de poluição de origem em terra. Os signatários da Convenção OSPAR são: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e União Europeia. Portugal ratificou a Convenção OSPAR através do Decreto-Lei nº 59/97 de 31 de Outubro.
90. Quando os golfinhos dormem descansam apenas metade do cérebro de cada vez. Como o seu mecanismo de respiração não é involuntário, mas sim controlado conscientemente, os golfinhos têm de permanecer conscientes mesmo quando estão a dormir para poderem respirar. Se, como nós, os golfinhos entrassem num sono inconsciente profundo parariam de respirar e morriam.
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91. O peixe-espada-preto (Aphanopus carbo e A. intermedius) é pescado tradicionalmente utilizando o método de palangre. O palangre é um aparelho de pesca constituído por uma linha principal, da qual partem linhas mais finas com anzóis.
92. O mergulho científico é uma ferramenta de trabalho com a qual os cientistas recolhem dados sobre o ambiente marinho. Atualmente, é utilizado por cientistas em todo o mundo das mais diversas áreas científicas. Apesar da utilização atual de submersíveis tripulados e não tripulados, o mergulho científico é essencial para na realização de várias tarefas técnicas.
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93. Os atuns fazem grandes migrações pelo Oceano, de milhares de quilómetros, para se reproduzirem e em busca de alimento. São excelentes nadadores, com capacidade de nadar a grande velocidade e por longos períodos de tempo. Nadam com a boca aberta forçando a entrada de água as brânquias sem grande gasto energético e de onde retiram o oxigénio que necessitam.
94. No pescado português, CCL significa Comprovativo de Compra em Lota. O objetivo do CCL é contribuir para a valorização do pescado transacionado nas lotas do continente português e, consequentemente, para a sustentabilidade e rentabilidade do setor das pescas em Portugal. O CCL dá ao consumidor informação que lhe permite fazer uma compra consciente e responsável identificando, por exemplo, a zona de captura e a arte de pesca utilizada. O pescado transacionado em lota segue as regras de rastreabilidade exigidas por lei.
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95. O Ponto Nemo, também chamado Polo de Inacessibilidade do Pacífico, é o local do Oceano mais afastado de terra, ou seja, de qualquer linha de costa. Situa-se no Oceano Pacífico a 2688 km a sul da ilhas de Ducie (Pitcairn) e Motu Nui (Páscoa) e a norte da ilha de Maher (Antártida). O nome Nemo foi atribuído em honra do Capitão Nemo, personagem da obra literária “As Vinte Mil Léguas Submarinas“, de Júlio Verne.
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96. Os náutilos (Nautilus spp.) são animais marinhos considerados “fósseis vivos” e são os únicos cefalópodes com concha externa conhecidos atualmente. Com base em registos fósseis sabe-se que animais semelhantes aos náutilos atuais já existiam há cerca de 500 milhões de anos. Existem atualmente no Oceano Índico e Pacífico. Para se deslocarem usam um sistema de propulsão por jato de água. Estes cefalópodes parecem estar em declínio porque têm vindo a ser capturados por causa das suas conchas: que pela atratividade das suas conchas (em forma de espiral com várias câmaras internas atravessadas por um sifão) e também pelo nácar que as reveste e que é usado em bijuteria.
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97. O oceano aloja milhões de quilómetros de cabos submarinos de comunicação. Os cabos têm de ser resistentes às condições hostis deste tipo de ambiente e a sua instalação no oceano é complexa e demorada. Num mundo atualmente dominado pela tecnologia sem fios, a maior parte das pessoas nem se apercebe da existência destes cabos nem que são eles que garantem as comunicações por todo o mundo.
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98. Os pinguins são aves marinhas que não voam, mas que têm as asas adaptadas ao mergulho e deslocação dentro de água. Têm as penas impermeabilizadas por secreção de óleos e possuem uma espessa camada de gordura isolante que favorece a manutenção de calor no corpo. Utilizam as asas para propulsão debaixo de água, podendo atingir velocidades de natação consideráveis. Existe mais de uma dezena de espécies e todas são nativas do Hemisfério Sul. Alimentam-se de moluscos, crustáceos e pequenos peixes. Tal como as outras aves, os pinguins põem ovos que chocam em terra.
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99. Fernão de Magalhães foi o navegador português responsável pela primeira viagem de circum-navegação do mundo, que atravessou três oceanos (Atlântico, Pacífico e Índico). A armada, composta por cinco embarcações, saiu de Sanlúcar de Barrameda (Cádiz, Espanha) para uma viagem que duraria 3 anos (1519 e 1522). Embora Fernão de Magalhães não tenha completado a viagem, pois morreu em 1521 em Mactán, Filipinas, duas embarcações que restaram da sua armada chegaram ao destino pretendido, a “Ilha das Especiarias” (ilhas Molucas) e uma regressou a Sanlúcar de Barrameda em 2022. Com esta viagem ficou comprovada a esfericidade da Terra.
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100. O conceito de literacia do Oceano refere-se à compreensão da influência do Oceano em nós e da nossa influência no Oceano. O conceito foi proposto por um grupo de cientistas e educadores marinhos nos Estados Unidos da América e foi recentemente reconhecido pela UNESCO com a sua integração na Agenda 2030 da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Mais do que sensibilizar a sociedade, é incentivar todos os cidadãos para assumirem atitudes informadas e responsáveis sobre o Oceano e os seus recursos. Uma pessoa literata no que ao Oceano diz respeito é capaz de compreender a importância do Oceano para a humanidade, comunica sobre temas relacionados com o mar de forma significativa e é capaz de tomar decisões informadas e responsáveis sobre o Oceano e seus recursos.
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Observatório Oceânico da Madeira
Edifício Madeira Tecnopolo, Piso 0
Caminho da Penteada
9020-105 Funchal
Portugal